Na última terça, a grande notícia do dia foi a união de
jogadores em prol de mudanças que visam reduzir o calendário do futebol
brasileiro. Além disso, chamou a atenção o fato de apenas Vitória e
Náutico não terem jogadores que assinaram o manifesto. Nesta quarta, em
entrevista ao Terra, o capitão do Vitória, Victor
Ramos, contou ter sido avisado do movimento, mas não repassou a
informação aos jogadores do clube.
"Recebi uma ligação de um dos jogadores que estava
organizando o movimento. Ele me disse que estava falando com todos os
capitães dos times do Campeonato Brasileiro. Sou a favor, mas não
conversei com ninguém do Vitória sobre isso", declarou o zagueiro, que é
capitão da equipe, na ausência do goleiro Deola.
Victor Ramos também explicou que não houve influências
políticas no fato de não haver jogadores do Vitória entre os signatários
do documento. Nos bastidores, surgiram desconfianças sobre o poder do
presidente do Conselheiro Deliberativo do clube, o deputado federal José
Alves Rocha (PR-BA), na decisão dos jogadores. O deputado é ligado a
dirigentes da CBF, entidade a qual desagradariam as mudanças no
calendário.
Além de ter muito trânsito com os atuais presidente e
vice-presidente da CBF, José Maria Marin, e Marco Polo Del Nero, o
conselheiro do Vitória é aliado histórico do ex-presidente da CBF,
Ricardo Teixeira, de quem teria recebido doações de R$ 150 mil para
campanhas políticas, nos anos de 2002 e 2006.
Rocha faz parte da chamada "Bancada da Bola" e é
deputado há cinco mandatos. O parlamentar, que já foi presidente do
Vitória entre 1983 a 1986, período em que foi construído o estádio
Manoel Barradas, o Barradão, também já atuou como presidente da Comissão
de Turismo e Desporto da Câmara Federal, em 2012, além de ter sido um
dos cinco membros da diretoria da Comissão Especial da Lei Geral da
Copa.
Fonte : UOL
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