terça-feira, 1 de abril de 2014

“Sem a presença do torcedor não chegaremos lá”, reclama Falcão


“Sem a presença do torcedor não chegaremos ao tão sonhado título nacional”. Foram com essas palavras que o presidente do Vitória, Carlos Falcão, baseou a sua entrevista à Rádio CBN Salvador na manhã desta terça-feira (01). O mandatário, que na oportunidade também comentou sobre diversos assuntos como material esportivo, contratações e divisão de base, salientou a importância da associação do torcedor.
Como foi noticiado aqui no Arena Rubro-Negra, o Vitória praticamente pagou para jogar nesses primeiros nove compromissos em 2014 no estádio de Pituaçu. O mandatário leonino, assim como parte dos torcedores presentes nas oportunidades, também demonstrou insatisfação com os números. “Fiquei preocupado quando a nossa área financeira nos mostrou o balanço do primeiro trimestre e o prejuízo que tivemos. De nove jogos só o BaVi e a partida contra o Ceará, pela Copa do Nordeste, deram renda ao clube” disse Carlos Falcão, falando que o clube também acumulou prejuízos com a eliminação precoce no Nordestão. “Já temos prejuízos jogando, quanto mais perdendo e sendo eliminado precocemente”.
Mesmo com os números negativos, Falcão não critica o torcedor que não vai ao estádio, principalmente quando o jogo é no Barradão. “É complicado cobrar a presença do torcedor, pois não temos condições de acessibilidade. Prefiro enaltecer os presentes a criticar os que não vão ao estádio”. O cartola também deixou claro que a maior dificuldade em aumentar a quantidade de sócios não está naqueles que frequentam os jogos, mas sim em torcedores que preferem assistir os duelos em televisões a em praças esportivas. “O grande desafio não é trazer gente ao estádio. O desafio é associar quem não vai ao estádio. Como fazer isto? Vantagens. O torcedor quer vantagens e estamos trabalhando para isto. Falta divulgação”, afirmou.
Falando ainda sobre a parte financeira do Leão, o presidente salientou a dificuldade em conseguir patrocinadores fortes e que tragam caixa ao clube. “Falamos muito em bilheteria, que é importante, mas não é a principal renda do clube. Hoje, no Vitória, assim como em clubes de médio e grande porte, os maiores percentuais das equipes vêm da televisão. É complicado conseguir patrocinadores, quando as maiores empresas estão no Sul-Sudeste e dão prioridade às equipes de lá, Então, a importância do sócio cresce, quando encontramos concorrência desses clubes. Equipamento, associação e patrocínio. Isso levará o Vitória à frente”, frisou Falcão.
Contratações e decepções – Ao término dos principais campeonatos regionais do Brasil o assunto mais comentado é o aproveitamento dos destaques dessas competições. De acordo com o cartola leonino, o Rubro-Negro está no mercado, mas não negocia com ninguém. “Apenas estamos observando, mas nada concreto. Para trazer um jogador que não vá fazer a diferença, prefiro apostar na base e o Ney Franco faz isso. Pouco se ouvia falar em Euller, José Welison, Mauri e Salustiano antes da chegada de Ney”, ressaltou o mandatário.
Perguntado sobre as contratações que, até o momento, não renderam frutos, Carlos Falcão reconheceu erros, mas também pediu paciência. “O Ferrari nós contratamos sem conhecimento e o Lucas Zen foi um pedido da comissão técnica. Já o Dão, temos que ter paciência. O atleta veio da Chapecoense e precisa se adaptar a um grande clube ainda”, argumentou.
Material esportivo e Arena Fonte Nova – Assim como foi dado em primeira mão aqui no Arena, o presidente do Leão confirmou que o novo fornecedor de material esportivo, que será a Puma, irá ser anunciado oficialmente na próxima semana. Mesmo sem dizer o nome, Falcão deu dicas que o novo manto leonino será feito por uma empresa “internacional e que está entre as três maiores do mundo”. Mas claro que isto… Questionado sobre jogar na Arena Fonte Nova, o cartola foi direto. “Chegamos a conversar com a Arena, mas a proposta não atende aos desejos do Vitória. Se você entender que em Pituaçu a receita é toda nossa, na Arena só uma parte é do clube. As despesas na Arena são maiores do que em Pituaçu. Lá apenas alugamos, já na fonte pagamos o aluguel e ainda rachamos pendências com o estádio”, finalizou.
Arena Rubro Negra

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