segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VITÓRIA ÉPICA DE UM LEÃO GUERREIRO!


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Enfim, vi o Maior do Nordeste vencer o Fluminense, fato que já fazia dez anos (a última vitória nossa sobre o Tricolor das Laranjeiras foi em 2003). E desta vez o Leão da Barra mostrou-se muito competente, guerreiro e ultra-ofensivo. Eu entendo de futebol, rapaz! Sempre falei que Ney Franco era um bom nome pra assumir o Vitória e não foi em 2013 que falei isso, desde 2010 eu já queria vê-lo aqui na Toca. O cara hoje foi super corajoso e jogou pra frente mesmo depois de estar com um a menos com 16min de jogo!
A disposição tática, o comprometimento dos jogadores com a meta estipulada, além das alterações quase sempre 100% eficientes de Ney Franco, algumas até que me deixam meio desconfiado logo de cara, mas que em poucos minutos me mostram que foram corretas. Bem diferente do ex-treinador e de uma meia dúzia existente no nosso futebol atual. O Vitória, tirando um jogo ou outro, se comporta OLHANDO PRA FACE do adversário e não mais com a cabeça baixa e já prevendo desculpas antes dos jogos como Caio Júnior fez em dezenas de jogos.
Infelizmente, o árbitro (como eu previra) mostrou-se que na dividida iria beneficiar o Fluminense e na primeira jogada polêmica da partida não teve cerimônias para expulsar Kadu. E sejamos sincero, foi uma expulsão injusta, mas Kadu não tinha nada de querer sair jogando naquela região do campo com três jogadores do Fluminense ao seu redor. Acho graça que quando é lance pra dar chutão, os nossos zagueiros querem pousar de Maldini e na hora boa de sair jogando prefere o chutão. Vá entender…
Em outros tempos, jogador nosso expulso aos 16min do primeiro tempo na casa do adversário (Maracanã) com a torcida adversária em grande número…seria batata cravar que o jogo já estaria perdido para nós. Mas este Vitória de Ney Franco é ousado, GUERREIRO e quando quer não baixa a cabeça pra ninguém e mostra as suas poderosas garras. Ao invés do Fluminense crescer na partida e abrir o marcador, aos 23 minutos um chutão da nossa zaga, a velha raspadinha de Dinei (finalmente voltou a dar certo, hein pai?) deixou Marquinhos de cara e o Manequim de Funerária (by Lacerda) não hesitou e chutou forte pra fazer Vitória 1×0.
Com o gol, nosso time deu uma pequena relaxada e o Fluminense, no afã de dar uma resposta rápida a sua corneteira torcida, passou a nos atacar sistematicamente. Heroicamente nossa zaga estava dando conta do recado, até Biro Biro receber uma bola na direita, ultrapassar Juan e cruzar na área para o destrambelhado do Ayrton marcar contra. O final do primeiro tempo foi marcado pela exagerada porcentagem da posse de bola do time carioca (70%) e muito bom que este número não resultou em gols deles.
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No segundo tempo, o jogo seguia na mesma vibe, até que aos 12 minutos Rafael Sóbis aproveitou mais um cruzamento de Biro Biro, depois de Felipe recuperar uma bola numa saída de bola errada de Marquinhos Walking Dead. Aí de fato, lembrei de jornadas passadas do nosso Leão. Confesso que achei que ali já era a nossa derrota. Pois não damos sorte com o Fluminense e tendo um a menos e com eles virando o placar com 12min da etapa final, eu pensei naquela velha frase escrota “fu…Maria Preá”!
Graças a Deus que estava redondamente enganado, pois alguns minutos depois, o Leão da Barra mostrou que não estava a fim de perder esta partida e a chance de se reaproximar mais do G4. O magrelo da camisa 7 chutou de fora da área, Diego Cavalieri teve seu momento Wilson (ao rebater bola pra frente da área) e Juan, mais uma vez, mostrou seu total oportunismo em cima de outro ex-clube dele e empatou de cabeça (ele marcou contra Flamengo e São Paulo e falta enfrentar o Santos hehe). Vitória 2×2.
O Fluminense sentiu o empate e passou a se apagar na partida à medida que as mudanças de Ney Franco davam maior poder ofensivo e equilíbrio tático ao Vitória. Euller e William Henrique, além de Marquinhos e Escudero jogavam na frente e voltavam pra marcar com muita agilidade. Esta combinação não podia dar outra coisa senão gol do Rubro-Negro. Juan foi a linha de fundo cruzou para Marquinhos, que deu um belo passe para William Henrique, já sem goleiro, decretar 3×2 pro Vitória.
Após a virada, novamente nosso time passou a se resguardar e o Flu voltou a tentar alguma coisa, entretanto era mais na base da disposição e desespero do que na qualidade técnica. Várias foram as bolas jogadas na áreas e chances de rebotes na entrada da área. Só que desta vez eles não conseguiram vencer Wilson, nem achar um gol espírita no apagar das luzes como na partida do primeiro turno.
Vale ressaltar que no Leão da Barra nada é conseguido com muita facilidade e o time tem vocação pra deixar a sua própria torcida no pânico, pois Marquinhos perdeu mais uma vez um gol feito por pura displicência aos 41 min do segundo tempo, que seria o 4×2 e evitaria aquele “deus nos acuda” implantado pelo Flu nos minutos finais. Já está na hora de NF chamar ele na xinxa. Não se pode perder gols desta forma com esta frequência e em momentos chaves como Marquinhos vem tendo e desperdiçando.
NOTAS E AVALIAÇÕES
Wilson fechou tudo hoje. 8,0
Ayrton foi fraco no ataque e na defesa. 6,0
Victor Ramos jogou muito. 8,0
Kadu foi irresponsável. ZERO.
Juan continua sendo o “pior” lateral do mundo, cornetas? 10
Michel não teve tempo pra avaliação.
Cáceres foi guerreiro e perfeito taticamente. 9,0
Escudero idem ao parceiro paraguaio. 9,0
Renato Cajá continua o mesmo. 6,0
Marquinhos foi o nome do jogo e só não dou 10 pelo gol perdido. 9,0
Dinei insiste tanto na raspadinha, que uma hora acerta né? 7,0
14 Euller parece ser o surgimento de um novo Rubem. Só espero que não caia no esparro do referido e não queime a sua carreira. 7,0
16 Luiz Gustavo não me agrada, porém continua sendo escalado pra tudo que é posição e em qualquer situação de jogo. 6,0
18 W. Henrique é iluminado. 8,0
NEY FRANCO está de parabéns. É ousado, faz ótima leitura de jogo, raramente erra este fundamento. Escala o time pra jogar pra cima independente de quem seja o adversário e de onde seja a partida. Se conseguir a classificação à Libertadores entrará no Hall dos grandes treinadores da História do Clube, com certeza. 10.

Fonte : Casa Rubro Negra

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