quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Alexi Portela critica "má vontade" do Governo do Estado e da Prefeitura para com o Barradão

 
 
O presidente do Vitória, Alexi Portela, fez nesta terça-feira (29) duras críticas ao Governo do Estado e à Prefeitura de Salvador pela “má vontade” para com o o Estádio Manoel Barradas, o Barradão.

Portela criticou a falta de ação e de implantação de medidas para facilitar os acesso dos torcedores ao estádio, principalmente em dias de grandes jogos, e chegou a apelar para a torcida rubro-negra também reagir e protestar.

Sobre o Governo do Estado, Alexi Portela comparou o que aconteceu com o Estádio de Pituaçu, onde o governo derramou mais de R$ 60 milhões para a reforma do estádio. E não mediu palavras:

- Fizeram o Pituaçu rapidamente. Tudo sem licitação. Agora, para se construir a via de acesso que liga a Paralela ao Barradão é uma amarração só. O dinheiro já chegou, mas o projeto não sai – detonou Portela.

As críticas de Portela foram feitas durante uma entrevista a uma emissora de rádio de Salvador, nesta terça-feira (29), quando convocou a torcida a encher o estádio no jogo com o Corinthians, domingo que vem.

Irregularidades - Quem executou as obras de reforma de Pituação foi a Conder (Companhia de Desenvolvimento do Recôncavo), do Governo do Estado. Na época o Ministério Público entrou com uma ação contra o Estado da Bahia e conseguiu suspender as obras alegando irregularidades na contratação de empresas para executar os serviços sem qualquer licitação. A presidente da Conder era Maria Del Carmen, eleita deputada estadual pelo PT. As obras foram retomadas posteriormente.

Alexi Portela também foi duro em suas críticas à Prefeitura de Salvador:

- Em jogos do Bahia em Pituaçu a Transalvador infernizava a vida das pessoas, fechando acessos e até mesmo o Viaduto Dona Canô três horas antes para facilitar a chegadada dos torcedores ao estádio. Em dias de jogos no Barradão, a Transalvador coloca nas vias de acesso ao estádio dois ou três gatos pingados, que não resolvem nada. Isto para não se falar que a Avenida São Rafael, uma das vias, está completamente esburacada e é cheia de quebra molas. Já procuramos a Prefeitura diversas vezes, mas as coisas não mudam. É preciso que a torcida do Vitória também proteste pelo tratamento.

Portela não disse como é que ele quer que o torcedor proteste contra o governo e a prefeitura. Mas um bom protesto, sem dúvida, seria o voto nas eleições de 2014. Nada mais democrático para o torcedor, que já pode identificar agora quem trabalha contra o estádio e contra os seus interesses.

Não Sai do Papel - O projeto para a implantação da via de acesso ligando a Paralela, na altura da entrada do Trobogy ao Barradão, também será executado pela Conder. Parte do dinheiro (R$ 5 milhões) já está na conta do Governo do Estado há mais de 5 meses. Quem fez a liberação dos recursos foi a Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, do governo federal, que tem Fábio Mota, conselheiro do Vitória, como secretário. Só que até o momento o projeto não saiu do papel e ninguém, nem mesmo a diretoria do Vitória, sabe quando a obra terá início.

Circulam informações entre conselheiros do Vitória de que a falta de vontade da Conder em executar o projeto tem um motivo especial: a Arena Fonte Nova.

Isto porque, o projeto de R$ 800 milhões da Fonte Nova, bancado em parte pelo Governo do Estado, tem demonstrado, na prática, que é totalmente inviável e incapaz de se manter com apenas jogos do Bahia no estádio. A média de público do tricolor na arena caiu muito se comparada ao Estádio de Pituaçu. Nos últimos dois jogos, o público não passou de 13 mil torcedores – 7 mil contra o Atlético Nacional (Copa Sul-Americana) e 6 mil no último domingo no jogo Bahia x Atlético-PR.

Pressão do PT e do Governo - Como o Estado da Bahia tem que cobrir o prejuízo, de acordo com o contrato que assinou com as empreiteiras OAS e Odebrecht, existe uma forte pressão em cima da diretoria do Vitória para que o clube mande seus jogos na Fonte Nova, o que determinaria o esvaziamento do patrimônio do clube, o Barradão. Recentemente, um site muito ligado a Arena Fonte Nova e ao governo, fez até pesquisa, sem nenhum embasamento técnico e muito menos científico, para mostrar que a torcida rubro-negra quer a Fonte Nova.

Para pressionar o Vitória, o governo tem no Conselho Deliberativo do Clube fortes aliados, como o vice-governador Otto Alencar, o deputado estadual Marcelo Nolo, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado federal José Rocha e o secretário de Comunicação do governador Wagner, o engenheiro elétrico Robinson Almeida, que é candidato do PT a deputado federal, entre outros.

Todo esse grupo apoia o candidato da situação a presidente, Carlos Falcão. Robinson Almeida, o secretário de Wagner, trabalha especialmente no sentido de transformar o Vitória em reduto do PT, como o governo fez com o Bahia, quando colocou Fernando Schmidt na presidência do clube. O governo, que tanto maltrata o Vitória, como diz agora o presidente Alexi Portela, não está nem aí para o Barradão. Ele quer mesmo é resolver o problema dele (a Fonte Nova). Nem que isso custe todo o patrimônio construído por abnegados rubro-negros.

O Barradão é a casa do torcedor do Vitória, que jamais vai aceitar e saberá reagir na hora certa contra essas jogadas sujas e contra aqueles que trabalham para inviabilizar e para denegrir a imagem do maior patrimônio da família rubro-negra. (Redação Jornal da Mídia)

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