sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Presidente Carlos Falcão: "A base não é solução para tudo. É uma ferramenta"

 
O Vitória 'bateu na trave' em 2013. Por uma posição na tabela, acabou deixando escapar a inédita classificação para a Copa Libertadores. Mas a expectativa da 'nova velha diretoria' – Carlos Falcão, vice na última gestão, agora é presidente – é continuar fazendo bonito e, nesta temporada, enfim conseguir a tão sonhada vaga para a principal competição continental.

Porém, Carlos Falcão sabe que o trabalho não será nada fácil. Até pela enorme diferença de orçamento que existe entre os doze maiores clubes do Brasil e os demais – entre eles, o Vitória.

"O abismo entre o nosso orçamento e o dos 12 maiores orçamentos de clubes do Brasil é colossal, o que torna nossa missão mais árdua e difícil. A fórmula para minimizar o abismo é tão árdua quanto a missão: fazer melhor com menos", afirma Carlos Falcão em entrevista ao UOL Esporte.

"Precisamos manter a qualidade de nossas contratações, fazer uso intensivo de inteligência organizacional e prestigiar nossa base. Resultados em campo produzem um ciclo virtuoso que trazem mais recursos, mais sócios e crescimento contínuo", acrescenta o dirigente, que vê na vaga para a Libertadores a oportunidade de colocar o Vitória um nível acima no futebol não só do Brasil, mas também internacional.

"Continuar perseguindo sem trégua títulos nacionais e internacionais no futebol profissional e a vaga para o torneio mais importante das Américas, que representaria um salto significativo em todos os sentidos para o clube e em particular no que tange a internacionalização de nossa marca, é o norte de nosso trabalho. É o nosso foco, nossa meta", diz.

E uma das armas para o Vitória crescer ainda mais não está em grandes contratações ou altos investimentos, e sim dentro de sua própria casa. A ideia da diretoria – e também do técnico Ney Franco – é utilizar com frequência os meninos formados nas categorias de base do clube rubro-negro. E isso já está sendo colocado em prática pelo treinador.

"Precisamos utilizar de forma racional nossos meninos da base. Precisamos do apoio de nossa torcida neste processo. Porém a base não é solução para tudo. É uma ferramenta. O atleta da base deve ser inserido no momento certo. Se antes ou em momentos não adequados podem vir a ser prejudiciais ao time e ao atleta, um importante ativo do clube", alerta Falcão.

"Em 2014 teremos sim atletas oriundos da base em nosso time. Nosso treinador está, e é, alinhado ao nosso planejamento de futebol", completa o presidente.

O Vitória ocupa atualmente a vice-liderança do grupo A da Copa do Nordeste, com sete pontos, a três do líder América-RN. O time rubro-negro volta a campo neste sábado, quando recebe o Confiança no estádio de Pituaçu. (Marcello De Vico / UOL)

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