Apesar do sufoco, a principal meta estabelecida para o ano de 2012 foi
alcançada: o acesso a Série A do Brasileiro. Após o Campeonato Baiano e a
Copa do Brasil, o Vitória “encaixou” na Série B e encantou o Brasil no
primeiro turno da competição. Os principais momentos do rubro-negro em
2012 foram levantados pelo Bocão News na retrospectiva da temporada.
O
ano do Vitória começou com muita desconfiança por parte da torcida. O
fracasso na tentativa de acesso em 2011 ainda pairava sobre a Toca do
Leão. E o campeonato baiano começou com o rubro-negro atuando de forma
irregular. Sob o comando de Toninho Cerezo, goleadas e boas exibições
eram interrompidas por tropeços inesperados.
Mas já chamava a atenção a forma do centroavante do time. Eram
frequentes as aparições de Neto Baiano pedindo música no Fantástico por
anotar três tentos em uma partida. Já no Baianão o artilheiro se
consolidava como o maior goleador do Brasil na temporada.
A diretoria rubro-negra não esperou muito para demitir o treinador
Toninho Cerezo. Após empate contra o Vitória da Conquista no Barradão,
no dia 4 de abril, o técnico que fez sucesso em 2009 – quando levou o
clube até as semifinais do Brasileiro – foi dispensado da Toca do Leão.
Como de costume, o “tampão” Ricardo Silva foi chamado para apagar o incêndio e assumiu, interinamente, o comando do Leão.
Não durou muito. No dia 28 de abril, Paulo Cesar Carpegiani assumiu
pela segunda vez o comando do time com a missão de conquistar o título
baiano e lutar pela Copa do Brasil.
No dia 13 de maio, um duro golpe para a equipe e a torcida. Após 10
anos, o Vitória vê o seu maior rival vencer o campeonato baiano em uma
partida emocionante em Pituaçu, que terminou com o placar de 3 a 3. O
rubro-negro jogava por uma vitória simples para conquistar o título.
Na Copa do Brasil, o rubro-negro fazia uma boa campanha até cair
diante do Coritiba, no dia 24 de maio, após uma goleada por 4 a 1.
As derrotas no Baiano e na Copa do Brasil evidenciaram a necessidade da
contratação de reforços. O Vitória montou um grupo forte que se manteve
nas primeiras colocações desde o começo da Série B.
Mesmo com o rubro-negro indo bem no campeonato, jogadores como o
goleiro Deola e o lateral-esquerdo Gilson chegaram para tentar
solucionar os problemas nas posições mais carentes do time.
O Vitória embalou e ao fim do primeiro turno tinha a maior campanha da
história dos campeonatos de pontos corridos no Brasil. Era recorde atrás
de recorde quebrados. A torcida abraçou o time e tudo indicava que,
pela primeira vez, conseguiria um título nacional de destaque no futebol
profissional.
Quando tudo parecia estar encaminhado, crise e queda de rendimento. Nos
bastidores, notícias davam conta de existia uma divisão na equipe. Os
conflitos dos jogadores com o treinador Carpegiani e divergências no
valor da premiação pelo Título da Série B teriam contribuído para a
diminuição do ritmo da equipe na Série B.
A venda do então artilheiro do Brasil na temporada também deixou parte
da torcida insatisfeita. Neto Baiano foi para o Japão e William foi
imediatamente contratado para assumir a posição de artilheiro do time.
O Vitória viu diminuir a larga vantagem que construiu no primeiro turno
e o acesso já não era mais “favas contadas”. Carpegiani não aguentou a
pressão dentro e fora de campo e pediu demissão no dia 21 de outubro.
Após uma nova tentativa com Ricardo Silva, Paulo Cesar Gusmão foi
contratado com a missão de confirmar o acesso à Série A. No dia 24 de
novembro, em partida válida pela última rodada da Série B, o Vitória
necessitava apenas de um empate, diante do Ceará, no Barradão, para
voltar à elite do futebol brasileiro. E foi isso que aconteceu. Após
dramático empate em 1 a 1, o rubro-negro conquistou o tão sonhado acesso
que, mesmo no sufoco, cumpriu a principal meta do clube no ano.
A torcida do Vitória comemorou muito pelas ruas da cidade. Depois de
conquistar uma vaga na Série A, mais uma comemoração para a torcida
rubro-negra. Desta vez, com os juniores. Na primeira edição da Copa
Brasil Sub-20, os juniores do Vitória fizeram bonito e conquistaram o
título nacional que o profissional ainda não tem.
A conquista da garotada dá esperança para a torcida rubro-negra de
revelação de novos talentos para o profissional. A divisão de base do
clube mostrou mais uma vez o seu valor e a importância de ser tratada
com muito carinho e responsabilidade pela diretoria do Esporte Clube
Vitória.
O técnico Caio Júnior, contratado no final do ano, chegou em tempo de
assistir os jovens do Sub-20 conquistarem o título e se comprometeu em
aproveitar os talentos da base no profissional. É o que a torcida
espera: aliar os talentos da base com contratações de peso para
construir um Vitória forte e competitivo em 2013.
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