Chuva
e muita. A quinta-feira em Salvador foi debaixo de água e somente os
jogadores que iniciaram a partida contra o Feirense, quarta-feira, não
molharam os uniformes: eles treinaram na academia com o professor
Sollivan Dalla Valle e concluíram a tarde com sessões de crioterapia e
banheira.
Após a chegada procedente de Senhor do Bonfim, os jogadores
rubro-negros foram liberados e a reapresentaram às 15h30, no Centro de
Treinamento Manoel Pontes Tanajura, sem o meia Renato Cajá e o
comandante Caio Júnior que foram ao Rio participar do julgamento no
Tribunal Pleno.
Os novatos – o atacante Giancarlo e o lateral-esquerdo Daniel Tarracha –
treinaram no campo. Aquecimento, finalização e um joguinho para
aperfeiçoar a posse de bola.
APRESENTAÇÃO
Daniel Tarracha foi apresentado após o treinamento. “Quando apelidado
era pequeno e virou Tarracha. Pegou”, começou explicar a origem do
apelido. O jogador, hoje, tem 1m72. “Uma estatura mediana”.
Depois de três anos e meio no Linense, o lateral-esquerdo disse ter
aceitado vir para o Vitória pela grandeza e história do clube. “Também
pela competição que irá disputar (Série A), pelas quais está disputando
(Baiano e Copa do Brasil) e pelo Caio (Júnior, técnico). Enfim, muito
feliz por estar aqui hoje”.
Daniel Tarracha acredita que o jogo Linense 2 x 1 Corinthians, pelo
Campeonato Paulista, foi o ponto final para concretizar sua vinda para o
Vitória. Revela, no entanto, que há um mês e meio já vinha sendo
observado e os contatos mantidos entre seu empresário e o executivo de
futebol do clube baiano, Raimundo Queiroz.
Para o jogador, um lateral “tem que saber defender e apoiar”. “Alguns
clubes usam alas e outras laterais. O Caio tem um esquema que joga o
lateral e a gente tem que está preparado para defender e na hora para
surpreender também no ataque. É isso que um lateral tem que ter para
fazer grandes jogos”, acrescenta.
O ser perguntado se estaria pronto para estrear, o lateral foi
taxativo: “Venho de uma seqüência boa de jogos, fisicamente não tenho
problema e estou à disposição para o próximo compromisso. Se vou jogar
ou não fica a critério do Caio”.
Caio admitiu utilizar Daniel Tarracha e Giancarlo no clássico Ba-Vi,
pela oitava e última rodada das quartas-de-final, domingo, às 16 horas,
na Arena Fonte Nova.
“Vou analisar bem a questão de recuperação. Por exemplo: o caso do Nino
e do Mansur. Neste momento, são jogadores que tenho dificuldades. O
Guilherme (sub-19) estava no banco, mas ainda é menino; o Tarracha
chegou, mas ainda não estreou. Vários jogadores precisam de uma atenção
especial. O Escudero parece que não cansa e eu não canso de elogiar. Ele
não abre a boca para nada, joga em qualquer posição”, comentou o
treinador.
GABRIEL PAULISTA
Substituído no decorrer do segundo tempo, o zagueiro ficará em observação, pois se queixou de cansaço muscular.
“Gabriel pediu para sair. Ele não treinou terça-feira, vem de cansaço
muscular em uma das pernas e quero pensar bem se vale à pena ir para o
clássico porque não podemos correr risco. Não é questão até do cartão é o
pouco tempo de recuperação e risco porque agora importantíssimas são as
semifinais. O jogo de domingo é um jogo que vale ainda o primeiro
lugar, e nós temos que pensar nisso. Mas realmente temos que estar com o
time inteiro para o jogo de quarta-feira (1º de maio) que vem”,
acrescentou o treinador.
LUÍS ALBERTO
Substituído no intervalo do jogo, o volante jogou seis partidas
inteiras no Baiano, e reclama de uma dor no joelho. Por isso – e também
porque pretendia um time mais ofensivo – Caio optou pela substituição de
Luís por Marquinhos, mudando o esquema.
“Luís Alberto foi bom que acabou saindo, tinha dois cartões amarelos, e
vinha de um desgaste muito grande. Foi positivo e talvez ele possa
jogar domingo o jogo inteiro”, disse o técnico.
A VITÓRIA
Sobre a atuação do time, Caio elogiou o Feirense, que havia sido
goleada – 4 x 1 – no jogo de ida e foi um adversário resistente em
Senhor do Bonfim.
“O Feirense é um adversário que mesmo não estando entre os primeiros
tem um diferencial de todas outras equipes. Ele joga com quatro
atacantes, um dos meias é praticamente atacante, todos rápidos,
pressionam na frente, jogam na bola longa. É uma equipe difícil de jogar
e se você não sai na frente, o que foi o caso hoje (quarta-feira) fica
complicado. Tivemos que ter muita coragem e muita raça. Principalmente
no segundo tempo, o Vitória teve um volume de jogo suficiente para
merecer o triunfo. Com Marquinhos de um lado, Vander do outro e,
principalmente, Escudero como segundo homem de meio-campo. Ele marcou o
segundo gol e culminou com o grande mérito de ter sido o melhor em
campo”.
Fonte : ECVitoria