por
Thiego Souza (twitter: @thiegosouza84)
Contratado para ser a “sombra” de Deola no gol do Vitória, Wilson
chegou ao rubro-negro após muitos anos no Figueirense. Após fazer
história no clube catarinense o jogador se desligou e aceitou o convite
do Rubro-negro onde espera escrever uma nova etapa de sua carreira.
Confira o bate-papo exclusivo com o Galáticos Online onde fala sobre o Flamengo, Figueirense e chegada ao Vitória.
- Seu primeiro clube na carreira foi no Flamengo. Foram quantos
anos no rubro-negro e porque não se firmou quando se profissionalizou?
Cheguei no Flamengo com 11 anos, fiz toda minha categoria de base lá.
Quando fui para o profissional, naquela transição tinham outros
goleiros, foi a época que o Bruno estava chegando no Flamengo e como
estava subindo a gente precisa sair um pouco, ganhar experiência, pedi
isso ao clube e surgiu a oportunidade de ir para o Figueirense, o
Flamengo não queria me liberar, mas conversei com o Ney Franco, pedi
para ser emprestado, seria uma boa oportunidade de jogar e foi aí que
aconteceu meu empréstimo em 2007 e renovei em 2008. Depois rescindi com o
Flamengo e fiquei em definitivo no Figueirense.
- A ida para o Figueirense foi a oportunidade que precisava para poder mostrar seu futebol?
Sim, sim! Sabia que no Flamengo seria difícil ter uma oportunidade
naquela época e a gente tem que estar jogando, então no Figueirense
seria uma grande oportunidade e felizmente foi como planejei, fui
conquistando meu espaço aos poucos, fiquei seis anos jogando como
titular e para um goleiro é difícil ter uma sequencia. Fui feliz e
conquistei meus objetivos lá.
- Em 2011 o Figueirense fez uma grande campanha na série A,
onde ficou onze jogos invicto, mas em 2012 acabou sendo rebaixado. O que
aconteceu de um ano para o outro que acarretou na queda do time para a
série B?
Primeiro devido a grande campanha que fizemos em 2011 muitos jogadores
acabaram saindo, houve uma reformulação e foi difícil segurar os
jogadores. Em 2012 foi um ano complicado, principalmente na questão
política, foram muitas brigas internas que acabou dificultando fora de
campo e que refletiu dentro de campo. Foram muitas brigas, coisas
erradas e infelizmente acarretou no rebaixamento.
- E porque você, mesmo sendo um ídolo do torcedor, acabou não ficando no clube?
Depois de toda essa briga que falei, acabou trocando presidente,
diretoria e eles acharam melhor fazer uma reformulação e acabaram
tirando todos os jogadores que estavam lá. Tiraram o Fernandes que
estava lá a treze anos, ídolo lá, mas foi uma decisão que tomaram, a
gente respeita, tinha dois anos de contrato, eles optaram por isso, a
torcida em sua maioria ficou triste, mas agora é recomeço de carreira no
Vitória e o Figueirense ficou no passado.
- Pelo menos no Figueirense você marcou seu nome na história
como o goleiro que mais vezes vestiu a camisa do clube com 331 jogos.
É, foram 331 jogos, goleiro que mais vestiu a camisa na história do
clube, o quinto que mais vestiu, então foram marcas expressivas que
alcancei lá e fico muito feliz.
- Aqui no Vitória você chega e encontra a concorrência de
Deola. Isso te motiva ainda mais a trabalhar e mostrar serviço no clube?
Claro! É uma motivação a mais para mim, motivação a mais para ele, o
próprio Gustavo que tem muito potencial, então só quem tem a ganhar com
isso é o Vitória. O Deola vem jogando desde o ano passado, é o capitão
da equipe, mas vou seguir treinando forte, sempre buscando o espaço para
que o nível de motivação e técnico seja o máximo e assim o treinador
Caio Júnior tenha sempre boas opções para o setor em quem entrar vai dar
o melhor pelo clube.
- O último ídolo do clube foi o goleiro Viafara e depois dele
nenhum jogador se firmou com este status. Você chega ao clube com o
pensamento de ocupar este espaço?
Quando cheguei aqui se falou isso que desde a saída do Viafara passaram
muitos goleiros, muitos jogaram e falei que esperava chegar e junto com
os outros goleiros a gente parasse por aí essa rotatividade no gol do
Vitória. Aos poucos vou trabalhando, quando tiver oportunidade poder
corresponder a altura, corresponder o que toda a equipe espera e quem
sabe um dia eu conquista o espaço e a titularidade do Vitória, mas
chegar ao espaço de ídolo está um pouco longe, mas é trabalhar e buscar
no dia a dia conquistar a confiança do torcedor e do clube.
- Qual sua avaliação em relação ao atual elenco do Vitória?
Grupo bom, estou gostando bastante, jogadores com muita qualidade,
grupo unido, infelizmente teve esse reves na Copa do Nordeste, mas o
grupo já mostrou na estreia que o que aconteceu é passado e estamos
focados no Baiano e vamos buscar este título.
- Você tem três gols na carreira. Tem essa característica também?
É, tenho essa característica de bater bem na bola, tenho três gols na
carreira, marquei alguns gols na base do Flamengo, no Figueirense fiz
três gols. Isso é treinamento e quem sabe se eu começar a treinar posso
voltar a cobrar, mas isso não é prioridade, meu negócio é defender, mas
se tiver oportunidade quem sabe posso marcar uns gols também.
- Deixa uma mensagem ao torcedor do Vitória.
Posso dizer que estou feliz neste clube, sei do peso que tem essa
camisa, a paixão do torcedor pelo clube. Quando a gente vem jogar contra
sabe que é difícil e pode contar comigo porque vou vestir a camisa com
muita honra, trabalhar forte para quando tiver a oportunidade fazer o
melhor pelo Vitória.
Fonte : Galaticos online