sexta-feira, 23 de agosto de 2013

[Vitória 1 x 0 Coritiba] Difícil de aceitar. Por Maurício Naiberg.

Todos vocês sabem que nunca fui fã de Caio Júnior, mas respeito muito as decisões dele pela coerência. Não posso negar que ele tem, na maioria das vezes, mas de vez em quando, como todo treinador de futebol, ele vacila, e muito.

Querem um exemplo? O clube briga tanto para conseguir conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana, comemora o feito – não é o caso do Vitória neste ano, pois ganhou a vaga por critérios da CBF – e o técnico resolve colocar time misto para atuar.

Não concordo em nada com isso, sinceramente. A equipe rubro-negra poderia entrar em campo contra o Coritiba com o que tivesse de melhor, até porque, como sabem, o adversário paranaense chegou a Salvador cheio de desfalques.

Era a chance de fazer um placar elástico no Barradão e ficar bem para o confronto de volta, que será, sem nenhuma dúvida, uma pedreira. Acho que a diretoria – ou parte dela – se equivocou ao concordar com isso.

Tem mais: como eles querem que o torcedor faça um esforço para sair da sua casa, às 22h, para ver uma formação dessa, se não há um esforço da própria comissão técnica em colocar uma equipe mais competitiva?

Para se ter uma ideia, o prêmio por cada fase ultrapassada é altíssimo e o nível bem mais fraco que a Copa do Brasil, por exemplo. A Sul-Americana ainda daria ao torcedor rubro-negro uma conquista além do título: a vaga na Taça Libertadores da América em 2014.

E outra coisa, para não deixar de falar no time: aguentar Camacho está cada vez mais complicado. Não sei o que Caio vê nele. Juro que estou tentando descobrir isso. Lento, perdido e sem nada a oferecer de bom durante os noventa minutos.

Se é para testar, coloca a molecada da base, que no fim das contas vai dar retorno financeiro ao clube. Camacho estava em péssima fase no pífio campeonato árabe. Vocês acreditam mesmo que ele poderia mudar algo?

Mas para não falarem que só critiquei, vou elogiar um cara que tem despertado o interesse de todos: o garoto Euller. Poucas vezes vi um lateral, tão jovem, com tanta qualidade e ímpeto ofensivo. Sua evolução será fantástica. Podem gravar isso.

Assim como ele, seu companheiro de defesa, só que mais experiente, Fabrício, tem queimado minha língua. Não é o zagueiro que a torcida pediu a Deus, mas sua vontade e entrega superam qualquer deficiência técnica.

Espero que Caio repense para depois não ficar perguntando o motivo da insatisfação do torcedor e da diretoria em relação a seu trabalho.

Por: Maurício Naiberg
 
Fonte : ECVitóriaNotricias

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