Rubro-Negro tem se apresentado de maneira completamente diferente em cada tempo das partidas, principalmente nos jogos dentro de casa
Muitos times diferentes em apenas 90 minutos. Assim tem sido o Vitória nos últimos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. A divisão da partida em dois tempos tem servido também como um transformador no Rubro-Negro. O primeiro, mal; o segundo, bem. E vice-versa. A gangorra nas atuações tem sido constante e começa a virar uma preocupação.
A síndrome de identidade do Vitória tem se destacado principalmente nos jogos no Barradão. Foi assim nas últimas três partidas com mando de campo do Leão. O time foi um nos 45 minutos iniciais e outro completamente diferente nos 45 minutos finais da partida.
- Cada jogo é um jogo. Não tem um motivo de acontecer sempre. Em cada partida em uma história. O importante é a gente estar vencendo. O que precisamos agora é jogar do mesmo jeito também fora de casa para conseguir as vitórias – comentou o atacante Pedro Oldoni.
O primeiro sintoma da síndrome foi contra a Portuguesa. Na 11ª rodada, o Rubro-Negro viveu um filme de terror no primeiro tempo. O time paulista fez 1 a 0 e criou chances para ir para o intervalo com uma vantagem superior a três gols. No entanto, a sorte esteve do lado baiano. Na volta do intervalo, com outra postura em campo, a virada e os três pontos.
- Talvez eles não tenham tido competência, para nossa sorte. Eles não tiveram a capacidade de construir um placar. O futebol é cruel com quem não é competente. No segundo tempo, nós fomos mais competentes e merecemos a vitória – comemorou Caio Junior após a partida.
No jogo seguinte no Barradão, o time começou bem. A sensação era de que o apagão da partida anterior teria sido um acaso. Fez 1 a 0 e foi soberano diante do Fluminense. Aí veio o intervalo. Aí o filme se repetiu. O Vitória sumiu no segundo tempo. A equipe carioca empatou com Fred e teve a chance de virar. No fim das contas, dos males o menor: empate em 1 a 1.
- Foi frustrante. Principalmente pelo primeiro tempo que fizemos, o melhor que já tivemos na competição. Taticamente, fomos perfeitos no primeiro tempo. Acho que o resultado foi injusto pelo que fizemos no primeiro tempo – lamentou o treinador ao final da partida.
A variação dentro dos 90 minutos se repetiu nesta quarta-feira. No primeiro tempo contra a Ponte Preta, um time apático, praticamente irreconhecível. Na volta do intervalo, nova postura. O Vitória foi para cima e fez valer o mando de campo. Virada, três pontos na tabela e o time colado no G-4 da Série A.
No clube, ninguém encontra uma explicação para a gangorra nos 90 minutos. A missão é manter o equilíbrio nas atuações a partir de agora. Neste sábado, o adversário será o Cruzeiro em Minas Gerais. O próximo compromisso em casa será no dia 1º de setembro contra o Criciúma. Até lá, Caio Junior terá tempo suficiente para acabar com o sobe-e-desce do time em campo. Antes que ele se reflita, também, em uma gangorra na tabela de classificação.
Fonte : G1
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