sábado, 17 de agosto de 2013

Gangorra: Vitória busca equilíbrio para evitar oscilação nas partidas

Rubro-Negro tem se apresentado de maneira completamente diferente em cada tempo das partidas, principalmente nos jogos dentro de casa

Por Raphael Carneiro Salvador

Muitos times diferentes em apenas 90 minutos. Assim tem sido o Vitória nos últimos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. A divisão da partida em dois tempos tem servido também como um transformador no Rubro-Negro. O primeiro, mal; o segundo, bem. E vice-versa. A gangorra nas atuações tem sido constante e começa a virar uma preocupação.
A síndrome de identidade do Vitória tem se destacado principalmente nos jogos no Barradão. Foi assim nas últimas três partidas com mando de campo do Leão. O time foi um nos 45 minutos iniciais e outro completamente diferente nos 45 minutos finais da partida.
- Cada jogo é um jogo. Não tem um motivo de acontecer sempre. Em cada partida em uma história. O importante é a gente estar vencendo. O que precisamos agora é jogar do mesmo jeito também fora de casa para conseguir as vitórias – comentou o atacante Pedro Oldoni.
O primeiro sintoma da síndrome foi contra a Portuguesa. Na 11ª rodada, o Rubro-Negro viveu um filme de terror no primeiro tempo. O time paulista fez 1 a 0 e criou chances para ir para o intervalo com uma vantagem superior a três gols. No entanto, a sorte esteve do lado baiano. Na volta do intervalo, com outra postura em campo, a virada e os três pontos.
- Talvez eles não tenham tido competência, para nossa sorte. Eles não tiveram a capacidade de construir um placar. O futebol é cruel com quem não é competente. No segundo tempo, nós fomos mais competentes e merecemos a vitória – comemorou Caio Junior após a partida.
No jogo seguinte no Barradão, o time começou bem. A sensação era de que o apagão da partida anterior teria sido um acaso. Fez 1 a 0 e foi soberano diante do Fluminense. Aí veio o intervalo. Aí o filme se repetiu. O Vitória sumiu no segundo tempo. A equipe carioca empatou com Fred e teve a chance de virar. No fim das contas, dos males o menor: empate em 1 a 1.
- Foi frustrante. Principalmente pelo primeiro tempo que fizemos, o melhor que já tivemos na competição. Taticamente, fomos perfeitos no primeiro tempo. Acho que o resultado foi injusto pelo que fizemos no primeiro tempo – lamentou o treinador ao final da partida.
A variação dentro dos 90 minutos se repetiu nesta quarta-feira. No primeiro tempo contra a Ponte Preta, um time apático, praticamente irreconhecível. Na volta do intervalo, nova postura. O Vitória foi para cima e fez valer o mando de campo. Virada, três pontos na tabela e o time colado no G-4 da Série A.
No clube, ninguém encontra uma explicação para a gangorra nos 90 minutos. A missão é manter o equilíbrio nas atuações a partir de agora. Neste sábado, o adversário será o Cruzeiro em Minas Gerais. O próximo compromisso em casa será no dia 1º de setembro contra o Criciúma. Até lá, Caio Junior terá tempo suficiente para acabar com o sobe-e-desce do time em campo. Antes que ele se reflita, também, em uma gangorra na tabela de classificação.

Fonte : G1

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